domingo, 10 de fevereiro de 2013

Após a sua partida.

Eu juro que tentava não lembrar, e nas madrugadas que eu acordava após sonhar com você, eram tão difíceis de superar, dizem que se a gente dorme pensando, sonha! Então eu tentei diversas vezes fazer com que você fosse meu último pensamento nessas últimas noites, mas parece que tentar não pensar, já é lembrar, e pior ainda, ai que eu sonhava! E é aqui que eu me engano novamente, nada foi um sonho, e o último, por sinal, foi o mais cruel, lembrar da partida, ah, a partida, muito mais sofrida do que recordar a chegada, essa sim que devia ser a mais marcante, mas, não. Consigo ver claramente a cena de você indo embora, cada palavra, e até mesmo o movimento dos seus lábios, coisa de expert em leitura labial, ou coisa de apaixonada. Naquele momento meu coração doía, pulsava, tão acelerado, e não era mais aquele acelerado de quando você me beijava, mas sim o acelerado da respiração cansada do medo, ah, o medo! Antes de você partir, esse tão tenebroso andava me visitando, acho que era pra alertar da partida, ele gritava dentro de mim, e a cada terça e quinta-feira o meu despertar já era mais gritante que o normal, você partiria, e eu pressentia que ia doer, era o sofrimento de antecipação, nada igual ao que sentimos quando sabemos que a agulha vai ser espetada no nosso braço, ou quando sabemos que a nota vermelha vem, isso tudo seria fichinha, perto da intensidade que era sentir a sua falta, antes de ir, durante a sua presença, e muito maior, após a sua partida.

Um comentário:

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